Eu, Direito, Psicologia e Relações Internacionais
Durante muito tempo eu paquerei a idéia de fazer o curso de Relações Internacionais. Para quem acompanha o blog sabe da minha paixão pelos países em desenvolvimento e seus problemas sociais. Adoro batalhar por eles. Favela? Tenha até um livro interessantíssimo (Pensando as Favelas do Rio de Janeiro) que ainda falarei à respeito, e amo estudar sobre sua estruturação. Mas sei que vocação não é o único ingrediente desse curso deveras disputado e não tão acessível assim para a maioria. É preciso saber muito, muito mesmo.
- Assim, ainda no colegial, me formei em inglês(que é uma das exigências do curso) e comecei a aprender alemão. Estudei alemão durante 1 ano até bolar um plano e desistir dele. Percebi que tinha uma visão meio elitista sobre RI. Toda a história de viajar para vários países, participar de reuniões internacionais... eu não tinha dinheiro pra chegar nesse nível e minha mãe dizia que os cargos altos eram todos ocupados por QI(Quem Indica), e que, então, só os filhinhos afortunados teriam chance. Porventura, desisti de RI.
Passei a fazer Direito, curso de 5 anos, e conforme uma pesquisa são os graduados em Direito a maior parcela de aprovados no curso de diplomatas do Instituto Rio Branco. Esse ano, dos 100 aprovados, 39 fizeram Direito, e 15 são formados em RI (detalhe: são oferecidas 105 vagas por ano). Tal curso de diplomatas é de 2 anos, fica em Brasília, e de lá você sai como terceiro-secretário, passando para segundo... primeiro secretário, conselheiro, ministro de segunda-classe e ministro de primeira-classe(embaixador). Acho que o fato que explica os graduados em Direito serem maioria é por ser mais popular que o próprio curso de RI, e oferecer um leque mais abrangente, como os concursos públicos, moda do país.- Passado a minha febre por RI, pensei na afinidade com psicologia, toda a história de fazer um trabalho social e oferecer serviços como psicólogo, ou até fazer Psicologia Jurídica, sabe, adaptando uma coisa com outra, porém pesquisando vi que não saciava o meu desejo implacável de querer me envolver com a parcela ignorada da sociedade de um jeito mais intrínsico.
- Então decidi! Esse ano soube que a UFF(Universidade Federal Fluminense) abriu o curso de Rel. Inter. Vou tentar o vestibular. Aff, só de pensar em conciliar meus estudos do TRT(Tribunal Regional do Trabalho) com as matérias escatológicas que não vejo desde o 2° grau, tipo há quase uns dois anos... já tô perdendo as forças e aceitando disputar o Rio Branco quando terminar a facul... sniffs... Talvez se eu conseguir passar no TRT poderei bancar-me na PUC-RIO, soube que lá é muito bom, e o preço... tsc tsc tsc.. dá para comprar um carro por semestre. Opa, nem falei que vou começar a estudar espanhol, pois na 3° fase do processo seletivo do IRBr serei submetido a um teste numa segunda língua estrangeira(opções: espanhol ou francês). Haja força, hein, Jardineiro Fiel!
E quem não lembra desse espetacular filme? O diplomata, protagonizado por Ralph Fiennes, passa por muitos apertos. Ele e seu amor, que na trama esqueci o nome mas sei que é interpretado pela beleza estonteante de Rachel Weisz, com um talento que lhe garantiu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Pra quem não viu, tá aí a dica, o filme de Fernando Meirelles cai bem. Mas... falando em filme e em RI, fuxiquei no site da PUC e encontrei isto:
- Cine RI Filme: "The Peacekeepers".Diretor: Paul Cowen. Data: 15 de junho de 2007, sexta-feiraHora: 14:00hLocal: Sala K105, 1º andar do Prédio Kennedy, PUC-RioDebatedor Convidado: Prof. Marcelo ValençaRealização: Projeto CineRI (Manoela Assayag, Anna Paula Jonsson e Carlos Eduardo Baena)Apoio: Instituto de Relações Internacionais (IRI/PUC-Rio)
- Que inveja. Daria de tudo pra ter visto esse documentário, que por sinal ñ acho de jeito nenhum, nem no youtube nem no google video. Fala sobre uma das missões da ONU entre 2002 e 2004 na República Democrática do Congo. Que enquanto países ricos decidem quem deve tomar partido, inocentes morrem. Havendo também uma crítica aos oficiais designados a impedirem o massacre no Congo, guiarem tropas e levarem ajuda, que em vez disso estão mostrando à polícia local a execução da lei num esforço de convencer a países mais ricos de mandarem dinheiro. Parte do que tirei sobre o filme você encontra nessa crítica AQUI (está em inglês, mas pelo menos achei algo, rs)
Lembram dos tais Peacekeepers dos quais falei à respeito aqui no blog? Tá no post "World Wake Up" no mês de abril. O trabalho deles além de perigoso é de uma complexidade só, pois devem assegurar a paz não apenas ao povo a que foram destinados, mas também precisam de toda uma infra-estrutura para conseguirem se manter. Logo mais mando notícias que agora estou caindo de sono (6:30am).... vixe, que insônia!
Um comentário:
Sr. Incógnito:
Fui uma das responsáveis pela exibição do referido filme na PUC e tenho como arrumar uma cópia dele. Caso tenha interesse, meu e-mail é manoelaassayag@gmail.com. Adianto que o filme é BEM chato, mas a discussão é interessante.
Bom, eis meu momento "serviço público". Se quiser discutir alguma coisa sobre a faculdade de RI, sinta-se à vontade.
Abraço,
Manoela
Postar um comentário